SHOW EM HOMENAGEM AOS 150 ANOS DA PRAÇA ONZE



Com a vitória das forças navais brasileiras contra a esquadra paraguaia em Riachuelo, a 11 de junho de 1865, a Ilustríssima Câmara Municipal ordenou a mudança do nome do Largo do Rocio Pequeno para Praça Onze de Junho, em lembrança à nossa maior batalha em águas inimigas.

Com a Abolição da Escravatura em 1888 e a Proclamação da República em 1889, os moradores de melhor nível social mudaram-se para os novos bairros da Zona Sul, deixando para a Cidade Nova, enormes casarões desertos, logo ocupados por fábricas, manufaturas, casas de cômodos, cortiços e barracos. Pela proximidade das áreas portuária e central, pelos bons transportes coletivos e pela existência de muitas fábricas e manufaturas, foi o local escolhido para moradia de ex-escravos saídos das senzalas das fazendas do Vale do Paraíba. Essa comunidade aglomerou-se em volta da Praça Onze, transformando-a em primeiro gueto negro do Rio de Janeiro. Para lá levaram sua cultura e arte, surgindo desse amálgama social o samba, canção e dança negra de cunho nitidamente urbano, forjado nas senzalas ainda com o “Jongo” e burilado definitivamente na Praça Onze. Curiosamente, ainda em 1888, chegavam à Praça Onze grande leva de judeus imigrantes, sendo que um deles, Joseph Villiger, fundaria na Praça Onze a primeira grande fábrica de cervejas do Rio: a Brahma. 


 
Surgiu, portanto, da união de dois povos tão distintos, um casamento perfeito: samba com cerveja! Na casa de uma negra baiana e respeitada macumbeira forjar-se-iam muitos ritmos africanos. Tia Ciata, ou Assiata, (em verdade, chamava-se Hilária) como era conhecida, foi, talvez a maior conhecedora de músicas e ritmos africanos daquela comunidade, donde saíram sambas históricos e compositores de talento.
 
Em 1933, o prefeito Pedro Ernesto Batista organizou o primeiro desfile oficial de Escolas de Samba da Praça Onze, donde sagrou-se vencedora a Mangueira. Os desfiles passaram a ser anuais, com grande afluência de público. Entretanto, em 1942, com a abertura da Avenida Presidente Vargas, foi a Praça Onze arrasada pelas obras, sendo o belo chafariz de Grandjean levado para a Praça Afonso Vizeu, no Alto da Boa Vista.
 
Fonte: Professor Milton Teixeira 

SERVIÇO

SHOW EM HOMENAGEM AOS 150 ANOS DA PRAÇA ONZE.

Data: 11/06/2015
Local: Terreirão do Samba
Centro – Rio de Janeiro – RJ
Horário: 19h

FIQUE ATUALIZADO!


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